Olá Pessoal,
Na próxima quarta-feira, 14/09, às 19h:30min, no Núcleo de Extensão da UnB no Setor Veredas é a vez do projeto “Cineclube Convida”.
Nosso convidado dessa vez, com muita alegria, é Everton Silva, companheiro cineclubista de Brazlândia. O filme escolhido por ele é Bicho de Sete Cabeças, de Laís Bodansky.
Nos encontramos lá! Saudações Cineclubistas,
Cineclube Espaço Aberto
Por Everton Silva:
Marx fez uma grande critica ao capital adotando o ponto de vista dos trabalhadores. Luter King, Malcolm X e outros atuaram na militância pelos direitos dos negros. As feministas durante todo século XX lutaram pelo direito das mulheres. E os ditos “loucos”? Quem fala por eles, quem fala com eles?
O filme, além de mostrar a incapacidade de diálogo entre um adolescente rebelde e um pai ignorante, passando pelo preconceito contra os usuários de drogas, toca num ponto pouco discutido nesse país: a questão da crítica manicomial. O “tratamento” aos “loucos” em nada diferencia do modo como eles eram tratados há 200 anos. O filme faz essa critica mostrando as instituições de fachadas, abordando a forma de tratamento brutal dispensada a esses seres humanos, o uso indiscriminado de remédios controlados que favorece a já milionária indústria farmacêutica.
Neto, um adolescente como tanto outros, rebelde e com necessidade de aceitação, acaba sendo jogado dentro de um manicômio, por atitude do pai, devido ao fato de usar maconha. O pai é um senhor ignorante e que não fazia questão de manter um diálogo com o filho. Este se vê mentalmente e fisicamente destruído e acaba se isolando em seu mundo, a instituição que deveria “recuperar” o indivíduo, acaba degradando-o. O filme faz eco à crítica aos manicômios, e fortalece ideologicamente a luta antimanicomial dos profissionais da saúde. Um filme excelente. Bom filme para todos.
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