CINE CLUBE ESPAÇO ABERTO DE BRAZLÂNDIA

Esse é o projeto Cineclube Espaço Aberto, ponto de encontro de jovens e adultos que desejam trocar experiências culturais.
As exibições são
na Biblioteca Setorial Érico Veríssimo (em frente ao Ginásio Espelho D' Água de Brazlândia)

Próximas exibições:
13/09 - CURTAS, 14/09 – LONGA-METRAGEM, 04/10 - CURTAS, 05/10 - LONGA-METRAGEM, 08/11 - CURTAS, 09/11 - LONGA-METRAGEM, 06/12 - CURTAS, 07/12 - LONGA-METRAGEM.


Aguardamos vocês!!!


@cinespacoaberto

cineclube.espacoaberto@gmail.com

segunda-feira, 11 de abril de 2011

CEIWOOD - Adirley Queirós

Ceiwood

Premiado em festivais Brasil afora, o cineasta Adirley Queirós ativa a produção cinematográfica em ceilândia

Adirley Queirós integra o coletivo de cinema CeiCine: imagens e sons da Ceilândia


O cineasta Adirley Queirós acaba de concluir as filmagens de A cidade é uma só, o quarto filme da carreira. Na obra, ele tece experimentos cinematográficos baseados nos ensinamentos dos franceses Edgard Morin e Jean Rouch (pioneiros do cinema verdade durante os anos 1960). Misturando documentário e ficção, a fita cruza histórias reais e fictícias de habitantes de Ceilândia e de Águas Lindas. "Não existe contemplação. Os personagens enxergam o Plano Piloto entre cochilos dentro do ônibus ou pelo movimento de motos na correria do dia a dia", explica. A premissa é o depoimento real de Nancy Araujo.

Em 1970, Nancy era uma criança, moradora da área que mais tarde ficaria conhecida como Ceilândia, escolhida para fazer parte do coral que cantaria o jingle da cínica campanha A cidade é uma só, encabeçada por uma socialite da época e pelo governador Hélio Prates. "Nancy andou de avião e pela primeira vez conheceu o Plano Piloto. Ela e outras 15 crianças cantavam a música da campanha feita para expulsá-los do DF", resumiu o diretor, com indignação.

Queirós dispara palavras com velocidade, articulando discurso honesto sobre as tensões entre centro e periferia. "Eu não me considero um cineasta de periferia. Engraçado, quando a gente exibe nossos filmes fora de Brasília, ninguém vê a gente assim. Não existe paternalismo ou condescendência," declara.

No que pode soar como uma contradição para alguns, o cineasta é defensor ferrenho do patrocínio do Estado por meio de editais, como chance de amadurecimento de coletivos de cinema. "Eu ouço, em depoimentos, o pessoal dizendo que fez filmes sem custo. Isso é um desserviço. Historicamente, a periferia não teve acesso as tecnologias necessárias para a realização de um filme como a classe média brasiliense já tem. Não estou dizendo que isso é um problema. O que me preocupa muito é o jeito que se articula essa hierarquia de poder. A gente luta por mercado, por maior apoio do Estado. O FAC (Fundo de Apoio à Cultura/GDF) e o MinC são importantes sim. Ninguém faz filme de graça. O dinheiro tem sempre de sair de algum lugar", dispara.

A reportagem continua...

Fonte: Correio Brasiliense 06.09.11 - http://www.unb.br/noticias/unbagencia/cpmod.php?id=71942#

Um comentário:

  1. Muito bacana esse tipo de iniciativa cultural. Sou moradora do Recanto das Emas e existe uma limitação muito grande nos aspectos culturais e principalmente formadores de cultura. Existem articulações nas periférias, mas pouca parceria para que se possa contribiur mais ativamente na promoção cultural. Mas é mais luta!
    E Parabéns Dirley!! É muito legal ver referências como vc (q conheço desde menina) está engajado nessa proposta de linguagem. Amanda

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